5 de outubro de 2017

Tivoli e suas duas Villas preciosas



Saindo da Toscana, segui para Roma, mas antes fiz uma parada em Tivoli na região do Lácio (sugestão muito bem vinda da minha prima). Tivoli fica na montanha e é uma ótima opção de passeio para quem sai de Roma (existem excursões de um dia inteiro saindo de Roma). A atração mais famosa da cidade é a Villa d'Este, uma luxuosa casa de interior criada no século XVI por Pirro Ligorio para o cardeal Ippolito d'Este, a partir da estrutura de um mosteiro beneditino. O destaque da Villa fica por conta dos seus jardins, arranjados em terraços, e enfeitados por fontes maravilhosas.








Nos arredores de Tivoli estão as ruínas da Villa Adriana, uma das maiores e mais belas mansões tipo villa já construídas no Império Romano. Adriano era uma viajante entusiasmado e resolveu reproduzir aqui algumas das maravilhas que havia visto pelo mundo. Uma das partes mais destacadas da villa, é conhecida como Canopus, que evoca o grande satuário de Serapis, em Alexandria, no Egito. Existem ainda ruínas de dois complexos de termas, uma biblioteca grega e uma latina, um teatro grego e um estúdio privativo situado numa ilhota em um lago, o Teatro Marítimo. 

Aproveite as ruínas, cheias de sombras e cantos escondidos, também para descansar e fazer piqueniques.



Canopus

Canopus





O almoço foi um capítulo a parte nesse dia! Almoçei no Restaurante L'angolino di Mirko. O restaurante é muito bonito mas preferi almoçar ao ar livre e me sentei em uma das mesas externas que ficam na praça quase em frente do restaurante, pois estava um belo dia ensolarado e um clima muito agradável. Pedi uma massa com camarão que estava simplesmente divina acompanhada de um vinho branco fresquíssimo!  


22 de maio de 2017

San Gimignano e Siena: duas jóias medievais! 


No dia seguinte, saí de Florença logo cedo rumo à San Gimignano. Esta pequena cidade medieval fica a apenas 62 km de Florença. Ela é totalmente murada e não há circulação de carros. Mas isso não é problema, já que ela é minúscula, tem apenas 7.000 habitantes. A impressão que eu tive quando cruzei a porta de entrada (Porta San Giovanni) é como se estivesse sendo transportada para a Idade Média. A grande atração desta cidade são suas altíssimas torres. Havia uma disputa entre as famílias para ver quem construía a torre mais alta (quanto mais alta, mais status tinha a família). Hoje, restam apenas 14 torres, sendo que apenas uma pode ser visitada. Como eu já havia dito que a minha cota de subir escadas havia se esgotado em Florença, preferi visitar outras atrações e andar pelas belas ruas dessa pequena jóia. 

Porta San Giovanni

Passando pelo portal, temos a Via San Giovanni, onde encontramos muitas lojas de artesanato, souvenires e outros artigos além de vários restaurantes. Foi aqui que encontrei a única pizza mais parecida com a nossa pizza (aliás, estava uma delícia, apesar de não ser em forno a lenha). Até o layout da pizza parecia com o nosso... risos! Não resisti e comi apenas um pedaço quando estava de saída da cidade, pois eu havia me programado para almoçar em Siena. Também aproveitei e comprei três garrafas de vinho (como é barato!!!).
  
Via San Giovanni

Seguindo reto chegamos a Piazza della Cisterna onde tem o poço em que as pessoas pegavam água nos séculos passados. Esta praça é cercada por vários palácios. Logo ao lado desta praça encontramos a Piazza del Duomo onde se encontram o Palazzo dei Salvucci (com suas torres gêmeas), o Palazzo Comunale, o Palazzo Chigi-Useppi e o Palazzo Vecchio del Podestà e o Duomo, um dos edíficios mais antigos da cidade, que foi construído em 1148 e que foi a principal igreja da Toscana. Possui belíssimos afrescos em seu interior ilustrando o Antigo e Novo Testamentos. A Torre Grossa de 54 metros e a única visitável faz parte do Palazzo Comunale que hoje abriga um museu. Quem tiver ânimo para subir a torre será recompensado por uma vista panorâmica da cidade e da paisagem da Toscana. 


Palazzo dei Salvucci

Duomo
Saí de San Gimignano por volta do meio-dia com um delicioso pedaço de pizza no estômago e rumei para Siena. 

Chegando lá, tive que parar o carro bem distante da pousada. Como tinha muitas escadas, decidi deixar a mala no carro, e me virar com a mesma roupa no dia seguinte... risos 

Fiz o check-in rapidamente e segui as indicações da dona da pousada e comecei minha caminhada para o centro. Siena é uma cidade encantadora e com certeza vale a visita. Se você visitar a região da Toscana, não deixe Siena de fora. O ponto central da cidade é a Piazza del Campo, onde acontece o Palio di Siena, famosa corrida de cavalos. Na Piazza del Campo encontramos o Palazzo Comunale que abriga o Museo Civico com várias obras-primas de artistas de Siena. Aqui está também a Torre Del Mangia com seus 400 degraus que levam você a uma das mais belas vistas da cidade. Eu não tive coragem e resolvi me sentar em um dos restaurantes da piazza e me deleitar com a beleza do local saboreando uma bela refeição. 

  

Palazzo Comunale e a Torre Del Mangia

Piazza del Campo


Depois do almoço, segui para a minha visita ao Duomo de Siena, a Catedral de Santa Maria Assunta, um dos exemplos mais marcantes da arquitetura românico-gótico, na Itália. O Duomo é fascinante, mesmo do lado de fora. Dentro a catedral abriga obras assinadas por Donatello, Nicola Pisano, Michelangelo e Pinturicchio. Tanto o interior como o exterior, é todo decorado de mármore branco e verde (quase preto), uma escolha feita para representar as cores da cidade de Siena.
Duomo - Catedral de Santa Maria Assunta

Interior da Catedral

Uma das obras mais impressionantes dentro da catedral é sem dúvida o piso, composto por 56 cenas realizadas com um mosaico em mármore, considerado o mais precioso da Itália. Infelizmente, grande parte do piso é coberto durante o ano, a fim de protegê-lo do desgaste. Somente nos dias do Palio ou entre o final de agosto e outubro, você pode ter a chance de ver o piso totalmente descoberto. 





Outra atração imperdível que fica dentro da Catedral é a Biblioteca Piccolomini. Dedicada ao Papa Pio II, a Biblioteca tem afrescos extraordinários pintados no início de 1500 por Pinturicchio e seus seguidores (incluindo Rafael Sanzio) que você pode admirar tanto nas paredes quanto no teto e que brilham pelo abundante uso de ouro em sua pintura. A maestria da perspectiva nas colunas pintadas que emolduram cada cena e nos fundos é impressionante. Com certeza é uma verdadeira jóia que você não pode deixar de visitar quando estiver em Siena.  


Teto e paredes da Biblioteca Piccolomini

Ainda consegui visitar o santuário de Santa Caterina a assistir a uma missa em italiano. Foi um momento de descanso e de meditação. Me fez muito bem! 


Depois resolvi andar pelas ruas de Siena sem me preocupar em seguir o mapa... claro que me perdi... risos! Mas acabei encontrando uma velhinha italiana muito simpática e que ficou conversando comigo durante alguns minutos. Não sei como, conseguimos nos entender (ela não falava português e eu muito menos o italiano! risos). Me apaixonei por Siena em todos os sentidos! Pena que foi pouco tempo. Com certeza, aqui o ideal é pelo menos um dia inteiro e uma noite.