13 de novembro de 2015

A bela cidade de Pádua!


Minha segunda escala foi em Pádua que fica a 40 km de Veneza. Aqui começou minha trajetória de carro. Apanhei um pouco no início com os pedágios, já que em cada um deles, tem um sistema de pagamento. Na Itália as locadoras de veículos não podem instalar o aparelho equivalente ao nosso "Sem Parar". Depois, fui me acostumando. Levei o meu GPS já com o mapa da Itália instalado e foi por ele que eu me guiei o tempo todo... funcionou super bem! Mas, quando é a primeira vez num país que você nunca dirigiu, tudo é diferente e aí a gente sofre um pouco no início, mas depois vai pegando o jeito... rs

Peguei o carro e lá fui eu para Pádua... me perdi em tantas pontes que eu achei que não ía conseguir entrar na cidade, mas após várias tentativas, consegui. Acho que eu escutei umas dez vezes do GPS... "recalculando"... rs

Pádua é famosa mesmo por ter uma das universidades mais antigas e renomadas da Europa e também por ter sido a cidade onde Santo Antônio passou os últimos anos de sua vida.

Acabei me atrasando para a primeira atração, a Capella degli Scrovegni, mas consegui trocar o horário do meu ingresso que eu já havia comprado por aqui. Quem olha por fora esta igreja, acha que é uma simples capela, mas o seu interior é impressionante. É uma das obras mais importantes de Giotto. Os afrescos pintados retratam as cenas da Virgem Maria e da Paixão de Cristo. Infelizmente, é terminante proibido tirar fotos, para não danificar as pinturas. Só para vocês terem uma ideia do espetáculo, segue abaixo uma foto do interior que não é minha.

Cappella degli Scrovegni - afrescos de Giotto


O centro histórico de Pádua é uma beleza, repleto de construções antigas e um sossego só. Nem parecia que eu estava num dia normal da semana de tão tranquilo. Realmente foi uma delícia andar pelas ruas e admirar toda aquela beleza. 

Giardini dell'Arena


Palazzo della Ragione



Piazza Prato della Vale - A maior praça da Itália ladeada por suas belas 78 estátuas


A outra grande atração é com certeza a bela Basílica de Sant'Antonio. Simplesmente um espetáculo. De todas as igrejas que visitei na Itália, esta foi a mais bela. Foi uma emoção muito grande ter podido rezar aos pés do túmulo de Santo Antônio. Infelizmente, também é proibido tirar fotos da parte interna. De qualquer forma, vejam abaixo as fotos que eu encontrei que retratam essa beleza incrível. Apesar de ter rejeitado as riquezas terrenas, Santo Antônio recebeu uma das mais luxuosas igrejas da cristandade. 



 





28 de outubro de 2015


Veneza Mágica

Bom como eu disse no post anterior eu viajei para a Itália em abril (início da primavera). As temperaturas variaram entre 22ºC e 10ºC. Durante o dia, era agradável, pois andava o dia todo e não estar muito quente ajudou bastante. À noite fazia aquele friozinho que era bom para dormir, já que eu estava completamente exausta... rs rs 

Infelizmente, nem tudo é perfeito e na questão do clima, tive surpresas não muito boas em dois locais: Veneza e Roma. 

Bom, começa aqui então o primeiro destino da minha viagem: Veneza. Ah! Que cidade maravilhosa... é surpreendente em todos os aspectos. Ao invés de avenidas com aqueles congestionamentos horrendos tem canais de água com barcos navegando lentamente descortinando lindas paisagens aos nossos olhos. A arquitetura é maravilhosa... é uma verdadeira obra de arte a céu aberto. 

Várias pessoas me perguntaram se Veneza cheirava mal. O cheiro que a gente sente é o cheiro da maresia, mas não cheira mal de jeito nenhum. Como eu fui numa época de tempo mais ameno, não senti nada. Talvez no alto verão pode ser que tenha um cheiro mais forte. Mas com cheiro ou sem cheiro, eu iria novamente quantas vezes eu pudesse... rs 

Bom, mas começando o meu relato, cheguei num sábado por volta das 14h00 e aí a surpresa maior: estava um frio danado e chovendo. Já comecei a rezar para São Pedro para ele me ajudar. O frio a gente aguenta, mas a chuva é triste... atrapalha demais. 




Mas vamos lá! O aeroporto de Veneza (Marco Polo) é bem simples, descemos do avião pela escada móvel tomando chuva e nos segurando para não voar com aquele vento gelado... rs 

Para a gente se locomover em Veneza o principal transporte público são os barcos-ônibus, chamados de vaporetto. Comprei o bilhete com validade de 48 horas para trafegar... navegar à vontade. Os principais sites em que você faz a compra desses bilhetes são: ttp://www.venetoinside.com 
www.weekendinitaly.com/venezia.


Quando cheguei no aeroporto eu tinha que me dirigir a um dos terminais eletrônicos com o meu voucher e retirar o bilhete. Aí começou a minha dificuldade... o primeiro terminal estava quebrado, o segundo também e o terceiro idem. Encontrei com dois casais de brasileiros que estavam com o mesmo problema. Depois de muita discussão e insistência, conseguimos que autorizassem nossa entrada no ônibus que nos levaria até a Praça Piazzale Roma. Detalhe: na hora de subir no ônibus, a alça da minha mala (pesada, claro)quebrou. Chegando na Piazzale Roma, perdi mais algum tempo tentando conseguir o bendito bilhete até que uma funcionária resolveu me ajudar no terminal eletrônico. Ali, já embarquei no meu primeiro vaporetto e achei o máximo. 

Fiz questão de me hospedar em Veneza mesmo. Apesar de mais caro,valeu muito!  A grande maioria dos hotéis são construções muito antigas e não têm elevador. A recepcionista do hotel que era tailandesa me deu a primeira boa notícia (não tinha elevador) e a segunda (que eu estava no 4o. andar, ou seja o último). Fui me arrastando escadas acima e cheguei em frangalhos ao meu quarto... rs (agora eu dou risada!) 

Mas eu não podia perder tempo... me arrumei colocando uma roupa quentinha e já saí para fazer o meu primeiro passeio nas imediações. Apesar de não ter elevador, o hotel ficava numa localização ótima (há alguns passos da Piazza San Marco, o ponto central de Veneza)! Logo que saí do hotel, me vi obrigada a negociar um guarda-chuva com um camelô. Foi uma bela negociação... rs Depois segui para a Piazza San Marco onde já vi as principais atrações que eu visitaria no dia seguinte (ingressos já comprados no Brasil pelo site www.venice-museum.com): Palazzo Ducale, a Basílica de San Marco e o Campanário. Dei uma volta pela Piazza e parei em frente à uma das lojas das fantásticas máscaras de Veneza e encontro novamente os dois casais de brasileiros que estavam no aeroporto... rs 


Piazza San Marco




Catedral de San Marco

Campanário
  
Palazzo Ducale

Depois segui para um restaurante próximo ao hotel e comi uma bela massa com camarões acompanhada por um delicioso vinho e tiramisu de sobremesa.


                              




Graças a Deus no dia seguinte foi perfeito. Dia ensolarado, perfeito!


Não deixem de passear de vaporetto pelo Grand Canal e visitar a Ponte Rialto sobre o canal. Perto da ponte está o Mercado de Rialto, que vale muito a pena para se conhecer as iguarias da culinária de Veneza. 
  
Grand Canal


Mercado Rialto

Os princiais museus são o Ca'Rezzonico, Accademia e o Peggy Guggenheim. 



      







As igrejas fora a principal que é a Catedral de San Marco, existem muitas, então eu selecionei as duas que visitei e adorei. A Basílica de Santa Maria della Salute (pela sua arquitetura diferente que é circular) e a Basílica de Santa Maria Gloriosa dei Frari (pelo surpreendente acervo de obras que possui e túmulos de muitas personalidades). 







E claro não deixem de caminhar pelas vielas de Veneza... essa foi a parte que eu mais gostei!






Agora, os destaques culinários ficam por conta da caldeirada de frutos do mar (delícia) que eles chamam de sopa de peixe da Trattoria da Gianni; e do Spritz, o drink italiano que eu adorei que leva 3 partes de prosecco, duas partes de Aperol (vermouth), uma parte de água mineral com gás e para finalizar uma fatia de laranja ou limão siciliano. Maravilhoso e refrescante!!!



7 de outubro de 2015

ITÁLIA, UMA VIAGEM INESQUECÍVEL!

Assisti a vários filmes que tinham a Itália como cenário: Candelabro Italiano, Anjos e Demônios, O Turista, Cartas para Julieta e Sob o Sol da Toscana. Este último se passava na região da Toscana e na Costa Amalfitana e foi aí que eu resolvi que eu iria conhecer a Itália de qualquer forma, principalmente essas duas regiões que eu me apaixonei no filme. Chamei várias amigas para irem comigo, mas nenhuma podia tirar férias na mesma época que eu, então, pela primeira vez, resolvi viajar sozinha. 



Passeio de gôndola pelo Grand Canal - Veneza


Adorei, foi uma experiência maravilhosa!!! Aprendi que a gente tem que fazer isso pelo menos uma vez na vida, para saber como vamos reagir a nossa própria companhia. Me adorei como companheira de viagem... foi divertido, libertador e pura aventura... muito bom! Com certeza, vou repetir mais vezes! Você não tem que dar satisfação de nada, faz aquilo que tem vontade, come a hora que quer, bebe o quiser, é uma experimentação constante.

Claro que apesar de viajar sozinha, conheci muitas pessoas. Ou seja, você nunca está realmente sozinho, desde que você esteja aberto a conhecer pessoas. Toda vez que eu viajo, eu não estabeleço limites. Quero conhecer tudo: gastronomia, cultura, o povo, hábitos locais, artesanato, tudo o que se possa imaginar. Porque se não fizermos isso, a nossa viagem vai ficar pela metade... temos que mergulhar e respirar tudo que faz parte daquele lugar. 

Coliseu - Roma


Catedral de São Pedro - Vaticano

Mas vamos lá ao meu relato sobre os preparativos e sobre a própria viagem. Comecei com os preparativos uns três meses antes. O meu passaporte estava em dia, então foi menos uma preocupação. Não fiz pacote, pois eram muitos destinos e eu não queria ficar amarrada a nenhuma programação (a sensação de liberdade começou aqui... rs). Fiz uma pesquisa sobre os principais destinos na Itália e claro os destinos que eu já havia escolhido (Toscana e Costa Amalfitana) e aqueles que me recomendaram. Como eu iria percorrer a Itália de norte a sul, resolvi fechar a passagem chegando em Veneza e voltando por Nápoles. Claro que isso encareceu um pouco a passagem, mas valeu a pena, pois ganhei mais tempo para passear. 
Catedral e Torre de Pisa

O roteiro ficou da seguinte forma: Veneza, Pádua, Verona, Cinque Terre, Pisa, Lucca, Florença, San Gimignano, Siena, Tivoli, Roma, Pompéia, Costa Amalfitana, Capri e retorno por Nápoles (esta não conheci, pois só embarquei no avião para retornar ao Brasil). 



Vista dos Faraglioni - Ilha de Capri

Naveguei muito pela Internet, pesquisando sobre tudo, as principais atrações de cada lugar, a gastronomia, programas culturais, passeios, museus, etc etc. Tudo que eu pude comprar pela internet antecipadamente, eu comprei, porque na Itália as filas para entrar em qualquer atração são absurdas. Com isso, acabei economizando muito tempo de espera. Ufa! Os blogs de muitas pessoas me ajudaram com várias dicas, além de descobrir coisas que só mesmo os viajantes descobrem... rs rs. Ou seja, os preparativos foram uma viagem virtual até que a própria se concretizasse.

Catedral de Santa Maria del Fiore - Florença - Toscana

Fechei a passagem pela Lufthansa (via Munich), pois era muito mais em conta do que a Alitália (que era vôo direto). Não me arrependo, apesar de acrescentar duas horas a mais de viagem. A Lufthansa é uma companhia ótima, fui super bem atendida. Depois comecei a pesquisar os hotéis. Usei dois sites que recomendo e funcionaram super bem: www.booking.com e www.hoteis.com. Pelo Booking fechei dois hotéis e os demais fechei pelo Hoteis.com e ainda ganhei uma diária grátis para a minha próxima viagem. Depois o outro item foi decidir se iria me deslocar de trem ou de carro pelo país. Depois de muitos cálculos, acabei me decidindo pelo carro, o qual também aluguei num site que eu recomendo muito www.rentalcars.com. Eles realmente buscam o preço mais em conta. Aluguei o veículo de uma locadora italiana local chamada Maggiore. Funcionou super bem e dirigi um carro ótimo que aqui no Brasil não tem: Ypsilon da Lancia. Já aluguei duas vezes por este site e recomendo, sem medo!


Após fechar a passagem, hotéis e aluguel de carro, fui para as principais atrações de cada cidade que eu iria visitar e o que eu poderia comprar de ingressos antecipadamente. Essa realmente foi uma pesquisa dura, mas bem divertida! Nos próximos posts, irei comentar sobre cada uma das cidades que visitei.


1 de outubro de 2015

O falso "momento lazer" do Paulistano!


Está cada vez mais difícil o paulistano poder desfrutar de um momento lazer na sua vida. É claro que a cidade apresenta muitas opções, mas infelizmente o processo todo até concretizar o tal momento é extremamente desgastante em maior ou menor grau, diminuindo sensivelmente o prazer que você terá na realização do programa. Um exemplo que aconteceu comigo foi a visitação ao Parque do Carmo para ver a florada das cerejeiras que acontece por poucos dias. O programa claro foi amplamente divulgado. 

Resolvemos ir logo depois do almoço e um trajeto de 15 quilômetros que levaria em torno de 30 minutos num fim de semana, demorou 2 horas!!! Foi um tormento, mas como era o último dia, resolvemos enfrentar todos os obstáculos. Tivemos que estacionar o carro longe da entrada, o que acarretou em mais 30 minutos de caminhada até a entrada do parque. Conseguimos entrar no Parque eram 17h00, mais 20 minutos de caminhada até as cerejeiras. Como já estava escurecendo, o que acabou prejudicando a qualidade das fotos, ficamos 40 minutos, e depois iniciamos a saga do retorno pra casa. Outros 20 minutos de caminhada até sair do parque, 30 minutos até chegar no carro, e pasmem mais 1,5 hora de carro até chegar em casa. Moral da história... chegamos super cansados com toda a maratona. 


Alcina, Odete e Luanda




E isso acontece o tempo todo... são exposições que você fica horas na fila (um idoso não aguenta), teatro gratuito em que você tem que chegar um hora antes do início para retirar os ingressos e mais uma hora antes de começarem a distribuir os ingressos, para que você consiga garantir que vai conseguir o tal ingresso. 

E isso não acontece apenas com os programas gratuitos, mas também com os pagos, incluindo filas e uma luta para conseguir comprar os ingressos, preços exorbitantes, estacionamento caro ou então os famosos flanelinhas que são os donos da rua. E claro o trânsito para ir e voltar. Aí pensamos... vamos fugir da cidade e resolvemos ir para a praia ou para o interior, só que aí começa outra maratona, conseguir chegar... trânsito novamente! 

E aí a gente fica sempre com aquela sensação que o fim de semana passou e a gente não conseguiu aproveitar o momento lazer e muito menos relaxar!!! Que vida dura a do Paulistano!